SÃO PAULO - Os caminhoneiros ameaçam iniciar uma nova greve caos a tabela de preços mínimos de frete seja alterada, informa reportagem do jornal O Estado de S.Paulo nesta quarta-feira (6). Sob pressão de produtores rurais, o governo quer mudar essa tabela e os caminhoneiros acompanham com cautela o andamento das negociações em Brasília. O receio é de que grandes grupos consigam derrubar a tabela recém aprovada pelo governo como uma das medidas do acordo para colocar fim na greve na semana passada.
Se essa tabela cair, vai ter uma greve pior que a última. E aí não vai ter negociação, pois eles vão querer provar para o mundo que são fortes, vai ser uma grande revolta, disse Ivar Luiz Schmidt, representante do CNT (Comando Nacional do Transporte) ao Estadão. Ele foi o grande líder da paralisação de 2015.
Não vejo coisa muito boa vindo pela frente, mas vamos lutar para encontrar um meio-termo para ambas as partes, afirma o presidente da Abcam (Associação Brasileira dos Caminhoneiros), José Fonseca Lopes, que esteve à frente das negociações com o governo na greve encerrada na semana passada. Ele deverá participar nesta quarta de uma reunião com a Casa Civil para discutir o assunto.
Greve de maio A greve de 10 dias ocorrida em maio deve causar um impacto negativo de 0,45 ponto percentual sobre o PIB brasileiro, valor equivalente a cerca de R$ 30,5 bilhões, segundo estimativas da 4E Consultoria.
Entre os dados já contabilizados, as perdas já superam os R$ 50 bilhões em 13 segmentos da economia, entre eles a indústria, pecuária e agricultura e distribuição de combustível.
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