A Executiva Nacional do PT aprovou resolução nesta
segunda-feira, em Brasília, na qual defende maior influência do partido
no segundo mandato de Dilma Rousseff. Em referência a denúncias de
corrupção, a legenda defendeu maior proatividade diante de acusações,
principalmente nos próximos meses, “em que setores da direita vão
continuar premiando delatores”.
“O PT deve buscar participar ativamente das decisões
acerca das primeiras medidas do segundo mandato, em particular sugerir
medidas claras no debate sobre a política econômica, sobre a reforma
política e em defesa da democracia nos meios de comunicação”, diz o
texto, aprovado na primeira reunião após as eleições.
A resolução lembrou das denúncias que o partido
enfrentou durante a disputa eleitoral, principalmente relacionadas aos
acordos de delação premiada assinados pelo ex-diretor de Abastecimento
da Petrobras Paulo Roberto Costa e pelo doleiro Alberto Youssef.
Informações atribuídas aos dois revelaram um esquema de desvio de
dinheiro e pagamento de propina na Petrobras.
“Desde 1989, o PT polariza as eleições presidenciais.
Nas sete eleições presidenciais realizadas desde então, perdemos 3 e
vencemos 4. Mas esta de 2014 foi a mais difícil já disputada por nós, em
que ganhamos enfrentando um vendaval de acusações não apenas sobre
nossa política, mas sobre nosso partido. Neste sentido, o partido tem
que retomar sua capacidade de fazer política cotidiana, sua
independência frente ao Estado, e ser muito mais proativo no
enfrentamento das acusações de corrupção, em especial no ambiente dos
próximos meses, em que setores da direita vão continuar premiando
delatores”, diz o texto aprovado pela legenda após as eleições.
Na resolução, o PT diz que Dilma Rousseff enfrentou uma
“disputa duríssima contra adversários apoiados pela direita, pelo
oligopólio da mídia, pelo grande capital e seus aliados internacionais”.
“É urgente construir hegemonia na sociedade, promover reformas
estruturais, com destaque para a reforma política e a democratização da
mídia. Para tanto, antes de tudo é preciso dialogar com o povo, condição
vital para um partido de trabalhadores”, acrescenta o texto.
O
partido critica ainda o pedido de auditoria feito pelo PSDB sobre o
resultado das eleições presidenciais. “Inconformada com a derrota, a
oposição cai no ridículo ao questionar o resultado eleitoral no TSE.
Ainda ressentida, insiste na divisão do País e investe contra a
normalidade institucional. Tenta chantagear o governo eleito para que
adote o programa dos derrotados”.
Para conter o que considerou uma “reação permanente da
oposição”, o PT propôs conclamar a militância para participar de atos em
defesa da democracia, entre 9 e 15 de novembro; compor uma frente de
movimentos sociais, partidos e setores partidários para articular ações
em comum; fortalecer a agência de notícias do próprio partido; relançar a
campanha pela reforma política e mídia democrática; e organizar uma
grande festa popular para a segunda posse de Dilma.
Fator previdenciário e desmilitarização da PM
Na resolução, o PT também reafirmou compromisso com uma plataforma que inclui o fim do fator previdenciário e a jornada de 40 horas, pautas que não são defendidas por Dilma. A legenda também garante compromisso com a desmilitarização das Polícias Militares, o que não entrou na campanha eleitoral da presidente.
Na resolução, o PT também reafirmou compromisso com uma plataforma que inclui o fim do fator previdenciário e a jornada de 40 horas, pautas que não são defendidas por Dilma. A legenda também garante compromisso com a desmilitarização das Polícias Militares, o que não entrou na campanha eleitoral da presidente.
Fontes; Terra
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