O diretor da Agência
Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês)
disse nesta quarta-feira que as revelações sobre os programas de
vigilância de comunicações foram "dramatizadas e exacerbadas" pela
imprensa.
"O que foi destacado, na maior parte das mídias, foi que nós
ouvimos conversas e lemos e-mails. Não é verdade. O nosso trabalho é
defender o país, é uma missão nobre", disse o general Keith Alexander,
na Billington Cybersecurity Summit, uma conferência em Washington sobre
segurança na informática.
"O futuro deste país depende da capacidade de nos
defendermos de ataques informáticos e ataques terroristas e precisamos
de instrumentos para o fazer", explicou. O general enfatizou que houve
poucos ataques terroristas desde o 11 de setembro de 2001, apesar do
aumento das ameaças no mundo, e que isso não foi por acaso, mas
resultado de muito trabalho.
Os programas americanos
de vigilância de comunicações, telefônicas e eletrônicas foram
revelados em junho pelo ex-funcionário da NSA Edward Snowden e
criticados por governos como o do Brasil e da Alemanha, alvo de escutas
da NSA.
Na conferência, Keith Alexander referiu-se a Snowden sem o nomear, afirmando: "Confiamos nele e ele traiu a nossa confiança. (Isso) Não volta a acontecer. Isso não faz dele um herói".
Espionagem americana no Brasil
Matéria do jornal O Globo de 6 de julho denunciou que brasileiros, pessoas em trânsito pelo Brasil e também empresas podem ter sido espionados pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (National Security Agency - NSA, na sigla em inglês), que virou alvo de polêmicas após denúncias do ex-técnico da inteligência americana Edward Snowden.
Matéria do jornal O Globo de 6 de julho denunciou que brasileiros, pessoas em trânsito pelo Brasil e também empresas podem ter sido espionados pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (National Security Agency - NSA, na sigla em inglês), que virou alvo de polêmicas após denúncias do ex-técnico da inteligência americana Edward Snowden.
A NSA teria utilizado um programa
chamado Fairview, em parceria com uma empresa de telefonia americana,
que fornece dados de redes de comunicação ao governo do país. Com
relações comerciais com empresas de diversos países, a empresa oferece
também informações sobre usuários de redes de comunicação de outras
nações, ampliando o alcance da espionagem da inteligência do governo dos EUA.
Ainda
segundo o jornal, uma das estações de espionagem utilizadas por agentes
da NSA, em parceria com a Agência Central de Inteligência (CIA) funcionou em Brasília,
pelo menos até 2002. Outros documentos apontam que escritórios da
Embaixada do Brasil em Washington e da missão brasileira nas Nações
Unidas, em Nova York, teriam sido alvos da agência.
Logo após a denúncia, a diplomacia brasileira cobrou explicações do
governo americano. O ministro das Relações Exteriores, Antonio
Patriota, afirmou que o País reagiu com “preocupação” ao caso.
O embaixador dos Estados Unidos, Thomas Shannon negou que
o governo americano colete dados em território brasileiro e afirmou
também que não houve a cooperação de empresas brasileiras com o serviço
secreto americano.
Por conta do caso, o governo brasileiro determinou que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) verifique se empresas de telecomunicações sediadas no País violaram o sigilo de dados e de comunicação telefônica. A Polícia Federal tambéminstaurou inquérito para apurar as informações sobre o caso.
Após as revelações, a ministra responsável pela articulação política do governo, Ideli Salvatti (Relações Institucionais), afirmou que vai pedir urgência na aprovação do marco civil da internet. O projeto tramita no Congresso Nacional desde 2011 e hoje está em apreciação pela Câmara dos Deputados.
Monitoramento
Reportagem veiculada pelo programa Fantástico, da TV Globo, afirma que documentos que fariam parte de uma apresentação interna da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos mostram a presidente Dilma Rousseff e seus assessores como alvos de espionagem.
Reportagem veiculada pelo programa Fantástico, da TV Globo, afirma que documentos que fariam parte de uma apresentação interna da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos mostram a presidente Dilma Rousseff e seus assessores como alvos de espionagem.
De
acordo com a reportagem, entre os documentos está uma apresentação
chamada "filtragem inteligente de dados: estudo de caso México e
Brasil". Nela, aparecem o nome da presidente do Brasil e do presidente
do México, Enrique Peña Nieto, então candidato à presidência daquele
país quando o relatório foi produzido.
O
nome de Dilma, de acordo com a reportagem, está, por exemplo, em um
desenho que mostraria sua comunicação com assessores. Os nomes deles, no
entanto, estão apagados. O documento cita programas que podem rastrear
e-mails, acesso a páginas na internet, ligações telefônicas e o IP
(código de identificação do computador utilizado), mas não há exemplos
de mensagens ou ligações.
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