Economia cresceu 1,5% no 2º tri, melhor resultado desde o início de 2010.
'Daqui para a frente é uma expansão', disse o ministro.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta sexta-feira (30) que o pior da crise internacional já passou e que o "fundo do poço foi superado".
"O pior passou, o fundo do poço foi superado, estou falando não só no
Brasil, mas no mundo como um todo. O mundo caminha junto e daqui para a
frente é uma expansão", disse, ao comentar os resultados do PIB do 2º
trimestre. "Estamos numa trajetória de recuperação do crescimento que
vai persistir nos próximos anos", acrescentou.
A economia brasileira cresceu 1,5% no segundo trimestre deste ano,
na comparação com os três meses anteriores, segundo dados divulgados
nesta sexta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). É o melhor resultado desde o primeiro trimestre de
2010, quando a alta foi de 2%. No primeiro trimestre de 2013, a alta foi
de 0,6%. O destaque neste segundo trimestre foi para agropecuária, com
crescimento de 3,9% ante o primeiro, seguida por indústria, com alta de
2%, e serviços, com alta 0,8%.


Rota de recuperação
Mantega destacou que a economia brasileira está crescendo, apesar do cenário internacional adverso. "E estou achando que tem ligeira melhora do cenário internacional e vai melhorar em 2014", avaliou.
Mantega destacou que a economia brasileira está crescendo, apesar do cenário internacional adverso. "E estou achando que tem ligeira melhora do cenário internacional e vai melhorar em 2014", avaliou.
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"Estamos na rota da recuperação econômica. As medidas que o governo vêm
tomando nos últimos anos têm resultado positivo. A redução dos juros,
de custos, tudo isso está traduzindo melhoria da economia", afirmou.
Apesar do resultado acima do esperado no segundo trimestre, o ministro
não quis fazer previsões. “No momento nós não vamos fazer revisão da
taxa de crescimento. Nós vamos esperar o resultado do mês de julho,
agosto, setembro, até o final do ano, para termos uma posição mais
firme”.
Ele disse, contudo, que não se trata de um crescimento “voo de
galinha”, como dito por alguns especialistas. "Nós tivemos uma
desaceleração, em 2011, 2012. Em 2011 foi um crescimento de 2,7%, 2012
foi um ano mais fraco. E, de fato, a partir desse ano mais fraco, nós
estamos numa trajetória de recuperação do crescimento que vai persistir
nos próximos anos.”
Mantega disse acreditar que o país pode voltar às taxas de crescimento
do "passado recente". Segundo ele, de 2003 a 2012 a nossa taxa média de
crescimento foi próxima dos 4%. "Nós vamos voltar para esse patamar em
torno de 4% como crescimento médio a partir do próximo ano."
Mantega salientou, anda, que as projeções de crescimento menor para o
segundo trimestre eram pessimistas, salientando que talvez faltasse
confiança no país. De acordo com ele, essa confiança pode ser retomada
daqui para a frente, com o resultado do 2º trimestre.
O ministro ressaltou, contudo, que o consumo das famílias teve um
crescimento moderado e menor em termos históricos, com relação à
performance de outros períodos, mas estimou recuperação.
“Estamos tendo um crescimento de qualidade no segundo trimestre. Esse
crescimento é puxado pelo investimento, puxado pela agricultura, pela
indústria. O consumo está crescendo menos e tende a acelerar nos
próximos meses”, disse.
Para Mantega, o país caminha para um ano com um bom desempenho da
formação bruta de capital fixo (que é o termômetro de investimentos).
“Significa a compra de máquinas, equipamentos, de material agrícola,
industrial. Significa que a indústria brasileira está se modernizando e
vai aumentar a sua produtividade”.
Comparação com a economia internacional
O ministro comparou o crescimento nacional no segundo trimestre com o de outras economias e disse que o Brasil se destaca. “Em relação aos Brics, o Brasil ficou na segunda posição. A China cresceu mais, como de costume, teve crescimento anualizado de 6,9% e nós de 6% no segundo trimestre”, disse.
O ministro comparou o crescimento nacional no segundo trimestre com o de outras economias e disse que o Brasil se destaca. “Em relação aos Brics, o Brasil ficou na segunda posição. A China cresceu mais, como de costume, teve crescimento anualizado de 6,9% e nós de 6% no segundo trimestre”, disse.

Na avaliação de Mantega, como está havendo ligeira melhora do cenário
internacional, o Brasil tende a crescer mais nos próximos anos.
“Vamos continuar com esse crescimento moderado até o final do ano. É
claro que isso não é uma reta linear, temos um mês melhor, outro pior. O
que interessa é que a trajetória é ascendente. E um 2014 mais promissor
devido à melhoria que poderá haver ou que está havendo no cenário
internacional. Está havendo ligeira melhora no cenário internacional,
que vai se firmar mais em 2014. Com crescimento maior do comércio
internacional, de países europeus”, completou.
Construção e investimentos em alta
No segundo trimestre na comparação com o primeiro, todos os subsetores que formam a indústria apresentaram resultados positivos, com destaque para o desempenho da construção civil, que cresceu 3,8% - a maior expansão desde o segundo trimestre de 2010, quando foi de 4%.
No segundo trimestre na comparação com o primeiro, todos os subsetores que formam a indústria apresentaram resultados positivos, com destaque para o desempenho da construção civil, que cresceu 3,8% - a maior expansão desde o segundo trimestre de 2010, quando foi de 4%.
A indústria de transformação apresentou crescimento de 1,7%, seguida
pela extrativa mineral (1%) e por eletricidade e gás, água, esgoto e
limpeza urbana (0,8%).
O investimento, denominado no PIB como formação bruta de capital fixo,
teve alta de 3,6%. Apesar da expansão, houve desaceleração sobre o
crescimento de 4,7% do trimestre anterior.
Dentro de serviços, o subsetor comércio é destaque, com alta de 1,7%.
Demais atividades também cresceram no péríodo: intermediação financeira e
seguros (1,1%), transporte, armazenagem e correio (1,0%), serviços de
informação (0,9%), outros serviços (0,7%) e atividades imobiliárias e
aluguel (0,7%). O subsetor de administração, saúde e educação pública
manteve-se praticamente estável, com variação positiva de 0,1%.
A despesa de consumo das famílias e a despesa de consumo da
administração pública apresentaram crescimento de 0,3% e 0,5%,
respectivamente, no período.Com relação ao setor externo, as exportações
de bens e serviços cresceram 6,9% e as importações aumentaram em menor
ritmo: 0,6%.
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