quinta-feira, agosto 13, 2015

Duas mulheres morrem na 'Marcha das Margaridas'. Uma era piauiense


margaridasUma piauiense, identificada apenas como Maria Alzenira, morreu durante as comemorações da Marcha das Margaridas que se realizou nessa quarta-feira, 12, em Brasília. A informação foi confirmada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura. A piauiense sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) e chegou a receber atendimento médico, mas não resistiu.


A confederação informou que a outra vítima era do estado do Sergipe e se chamava Maria Rita. De acordo com a Contag, ela sofreu um infarto fulminante e morreu na concentração das participantes, antes mesmo de ser socorrida.

Ao participar da cerimônia de encerramento da Marcha, no Estádio Mané Garrincha, a presidente Dilma Rousseff citou as duas trabalhadoras que morreram e prestou solidariedade às famílias delas. No discurso, ela citou nome e sobrenome de ambas.

"Cumprimento as margaridas do Sul, do Sudeste, do Centro-Oeste, do Norte e do Nordeste. As margaridas, extrativistas, pescadoras, quebradeiras de coco, ribeirinhas, quilombolas e indígenas. As margaridas trabalhadoras rurais, assentadas da reforma agrária, agricultoras familiares, que honram a luta da Margarida Alves. Quero também lamentar aqui o falecimento da Maria Pureza, do Sergipe, e a Maria Alzenira, do Piauí. Duas margaridas que nos deixaram", disse a presidente.

A confederação entrou em contato com os familiares e que vai se responsabilizar pela vinda dos parentes até o DF, para o cumprimento dos trâmites burocráticos.
A Secretaria de Saúde do DF confirmou o atendimento de uma participante da marcha no Hospital Regional da Asa Norte e disse que a vítima morreu na unidade. A pasta afirmou não ter informações sobre a identidade da mulher ou a causa da morte, que só poderá ser confirmada após exame do Instituto Médico Legal (IML).

SOBRE A MARCHA
A Marcha das Margaridas é realizada a cada quatro anos em Brasília. O nome faz referência à líder sindical Margarida Maria Alves, da Paraíba, que morreu assassinada pelo marido na frente dos filhos em agosto de 1983. Uma das coordenadoras do movimento, Carmen Foro disse considerar o evento "um dia para a história do Brasil". "São companheiras com muita consciência de classe. Mulheres com muita força que vêm de todos os cantos de um país continental."


O ato reúne manifestantes de todo o país. Na pauta também estão o combate à pobreza, o enfrentamento à violência contra as mulheres, a defesa da soberania alimentar e nutricional e a construção de uma sociedade sem preconceitos, sem homofobia e sem intolerância religiosa.

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