sexta-feira, fevereiro 06, 2015

Barragens do Piauí estão com apenas 32% de sua capacidade total

Segundo o Dnocs, 13 reservatórios estão com menos de 20%.
Baixa média pode comprometer atividades econômicas ao longo de 2015.

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Barragem de Piaus, na cidade de São Julião, localizada ao Sul do Piauí (Foto: Ellyo Teixeira/G1)Barragem de Piaus, na cidade de São Julião, localizada ao Sul do Piauí 
Apesar das chuvas que caem no Piauí, as barragens do estado administradas pelo Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS) estão com apenas 32% de sua capacidade. Segundo o diretor do órgão no Piauí, Aloísio Gomes, a média esconde uma realidade ainda mais preocupante, já que apenas os grandes reservatórios estão bem abastecidos.

“Esses 32% estão concentrados em cinco grandes barragens: Jenipapo, Salinas, Caldeirão, Bocaina e Pedra Redonda. Os reservatórios menores estão com um nível ainda mais baixo. Se estivessem todos com 32%, seria bom. Estive em uma reunião na Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) sobre a seca e existe um possibilidade de 55% que as chuvas deste período sejam abaixo da média”, afirmou o Aloísio.

A barragem de Salinas em São Francisco do Piauí, a maior do estado com 387 milhões de metros cúbicos, estava no fim no mês de janeiro com 69% de sua capacidade. O açude do Jenipapo, em São João do Piauí, bateu 48%. Em compensação, existem 13 barragens com menos de 20% de média e dessas, sete estão com menos de 10%.

Esses reservatórios abastecem milhares de pessoas ao redor de sua extensão, perenizam rios e sustentam dezenas de atividades econômicas como pecuária, piscicultura, agricultura irrigada etc. Para o diretor do Dnocs no Piauí, Aloísio Gomes, o funcionamento desses arranjos produtivos está ameaçado por conta das poucas chuvas.

“Vai ser um ano complicado para essas atividades. Bocaina, Pedra Redonda e muitas outras perenizam rios que abastecem a população que mora ao logo do leito do rio. Com esse nível baixo, essa perenização fica comprometida porque teremos de  diminuir a vazão das barragens para que os reservatório não fiquem em um nível crítico”, finalizou.

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