terça-feira, novembro 11, 2014

Caso Madeleine: mais onze pessoas vão ser interrogadas

As polícias britânicas e portuguesa vão interrogar em Portugal mais onze pessoas como parte das investigações que apuram o sumiço da menina britânica Madeleine McCann. 
Entre elas, sete (cinco homens e duas mulheres) devem ser ouvidas como 'arguidos', figura do jurídico de Portugal, próximo de 'suspeito', mas que concede direitos diferentes de testemunhas comuns, como o direito de ficar em silêncio. 
Segundo o jornal The Guardian, entre os arguidos estão dois britânicos que moravam na região do Algarve na época do desaparecimento da menina, em maio de 2007.
Outras quatro pessoas devem ser ouvidas como testemunhas, entre elas outros dois britânicos. Nenhum deles é conhecido da família McCann. 

Os depoimentos devem ser ouvidos entre 24 e 28 de novembro. Os sete arguidos devem fornecer amostras de DNA. Nenhum deles foi ouvido pela polícia portuguesa durante o verão, quando foram registrados outros depoimentos. 
No final de maio, policiais britânicos foram ao Algarve para supervisionar novas busca na área onde ocorreu o sumiço, mas nada relevante foi encontrado.
Madeleine desapareceu enquanto seus pais jantavam em um restaurante do resort em que estavam hospedados, na Praia da Luz. As autoridades portuguesas abandonaram o caso em 2008, mas a polícia britânica começou a revisá-lo em 2011 e no ano passado reabriu a investigação de forma oficial. A polícia portuguesa fez o mesmo em outubro de 2013.

Principais fatos do desaparecimento de Madeleine McCann

1 de 7

2007

Madeleine McCann, então com três anos, desaparece do quarto do hotel em que passava férias com a família na Praia da Luz, em Portugal, no dia 3 de maio. Os pais, Kate e Gerry, estavam jantando quando a menina sumiu do resort. Eles disseram que se sentiam culpados por terem deixado a menina dormindo junto com os irmãos, e negaram qualquer envolvimento em seu desaparecimento. Ao passo que o crime tomou contornos dramáticos e ganhou espaço na mídia, a polícia prendeu suspeitos acusados de extorquir os pais da menina em troca de informações sobre o seu paradeiro. Nenhum depoimento, contudo, contribuiu para as investigações avançarem.
Informações desencontradas também marcaram o primeiro ano do sumiço de Madeleine. A imprensa portuguesa ventilou a possibilidade de a menina estar morta depois que cães farejadores encontraram rastros de sangue no quarto. Equipes forenses, no entanto, provaram que o sangue não era de Madeleine, mas de um homem. Os pais da menina voltaram para a Grã-Bretanha com os outros dois filhos, os gêmeos Sean e Amelie, em 9 de setembro.
A polícia portuguesa sugere que o DNA de Madeleine teria sido encontrado no porta-malas de um carro que os pais da menina haviam alugado 25 dias depois do desaparecimento. Especialistas, contudo, questionam a análise. 
O casal chega a ser declarado oficialmente como suspeito, mas o juiz Luís Bilro Verão posteriormente analisa as investigações e determina que não há provas suficientes contra os pais de Madeleine. Após a negativa, o oficial de polícia Gonçalo Amaral, responsável pelo caso, é removido das investigações ao criticar o envolvimento da polícia britânica no caso. Em novembro, uma amiga da família McCann afirma ter visto um homem, com uma criança adormecida no colo, 45 minutos antes de Kate dar conta do desaparecimento da filha.

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