De 2010 até julho deste ano, todo o dinheiro desprezado pelos
ganhadores dos prêmios das loterias da Caixa Econômica Federal já soma
R$657,75 milhões. Como toda esta grana é direcionada ao Fies (Programa
de Financiamento Estudantil), estima-se que cerca de 14.300 estudantes
possam ter todo o seu curso superior financiado em até 100% pelo
programa do governo federal.
Os ganhadores têm até 90 dias após a realização dos concursos para
retirar os prêmios. Como muitos perdem os bilhetes, não conferem as
apostas ou não vão buscar o prêmio por outros motivos, esses acabam
prescrevendo. A legislação brasileira obriga que este dinheiro vá
diretamente para o Fies.
Esse cálculo foi realizado pelo FNDE (Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação), que tomou como base os custos de um curso
superior que, em média, custa R$ 45 mil (uma graduação de ciências
humanas, por exemplo). O cálculo considera o financiamento de 100% de um
curso.
Engenharia e direito são os cursos com maior número de contratos
firmados (179 mil cada), seguidos de enfermagem (76 mil), pedagogia (47
mil), medicina (26 mil), arquitetura (24 mil), odontologia (22 mil) e
farmácia (22 mil).
Os estudantes matriculados em cursos de graduação com avaliação
positiva no Sinaes (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior)
estão aptos a requerer o financiamento. As instituições de ensino
superior têm de ser participantes do Fies. Outro requisito ao candidato é
ter realizado o Enem (Exame Nacional de Ensino Médio).
Os financiamentos vão de 50% a 100% dos gastos educacionais, a partir
da renda familiar mensal bruta do beneficiário e o comprometimento
dessa renda com os custos da mensalidade.
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