O Conselho de Segurança autorizou nesta sexta-feira a
formação de uma missão conjunta da Organização para a Proibição das
Armas Químicas (OPAQ) e das Nações Unidas para supervisionar a
destruição do arsenal químico da Síria.
Os 15 membros do Conselho aprovaram nesta sexta-feira
uma carta na qual se solicita formalmente à OPAQ a criação da missão
conjunta, proposta pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e que será
integrada por diversos especialistas.
A OPAQ ganhou nesta sexta-feira o Prêmio Nobel da Paz
2013 por seus "amplos esforços para eliminar" os arsenais químicos e por
seu papel no conflito da Síria.
A verificação e destruição do arsenal químico do regime
de Bashar al Assad será feita através de uma operação de três fases, em
andamento desde há poucos dias, que espera-se que esteja completada
antes de 30 de junho de 2014.
Ban comemorou o fato de o principal órgão de decisão das
Nações Unidas ter autorizado "tão rápido" a formação da missão e disse
que isso demonstra o "compromisso" da comunidade internacional de
eliminar as armas químicas na Síria.
"Temos um calendário muito apertado, mas a ONU se
compromete a trabalhar de perto com a OPAQ para fazer o trabalho",
acrescentou o secretário-geral em uma declaração na qual também reiterou
sua determinação para conseguir progressos no âmbito político e
enfrentar a crise humanitária que padece Síria.
Na semana passada, Ban recomendou ao Conselho que
aprovasse uma missão conjunta dos dois órgãos depois da resolução de 27
de setembro na qual pela primeira vez foi condenado o uso de armas
químicas na Síria após dois anos e meio de conflito.
Um grupo avançado da missão encarregada do
desmantelamento e destruição do arsenal já realiza trabalho de campo e,
nesta sexta-feira, destacou os "avanços significativos" alcançados até
agora para verificar a informação proporcionada pelo regime.
Após seus primeiros dez dias no terreno, a missão de
verificação, que conta com 60 especialistas das duas organizações,
inspecionou três lugares e deve visitar outros nas próximas semanas.
O primeiro grupo está na capital síria desde 1º de
outubro e será o núcleo original da missão, na qual a OPAQ se
encarregará da parte técnica, e a ONU, de coordenar o trabalho com o
regime de Damasco e a oposição armada.
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