Um fenômeno de bilheteria em estreia nacional, hoje, nos
Cinemas Teresina – no Teresina Shopping: “Cine Holliúdy”, uma comédia cearense,
que vem batendo recorde de bilheteria no Brasil e no exterior. Embora a crítica
especializada venha falando mal da produção, Cine Holliúdy vem agradando em
cheio ao público que se vê na pele dos personagens.
Interior do Ceará, década de 1970. A popularização da TV
permitiu que os habitantes da cidade desfrutassem de um bem até então
desconhecido, o que os afastou dos cinemas. É aí que Francisgleydisson
(Edmilson Filho) entra em ação: ele é o proprietário do Cine Holliúdy, um
pequeno cinema da cidade que terá a difícil missão de se manter vivo como opção
de entretenimento. Esse é o resumo do enredo que está conquistando um público
grandioso, surpreendendo o diretor Halder Gomes.
O longa foi aprovado no edital de longa-metragens de baixo
orçamento do Ministério da Cultura/2009. O que o público pode conferir agora
nos Cinemas é a versão em longa-metragem do premiado “Cine Holliúdy – O Astista
Contra o Caba do Mal”. O curta foi visto em 80 festivais de 20 países e ganhou
42 prêmios. “Nos festivais, os críticos me animaram e falaram que tinha que
fazer um longa-metragem desse filme e, realmente, tinha muito material para
isso”, afirma o diretor Halder. O longa foi lançado em 9 de agosto de 2013, em
Fortaleza e em algumas cidades de seu região metropolitana.
Halder Gomes deixa claro que a produção tem cunho regional,
mas não da forma estereotipada mostrada pela TV: “Quando eu digo “regional” é
porque é um assunto muito particular de um universo pequenininho, mas
extremamente universal pelos sentimentos que ele provoca. No meu ponto de
vista, as coisas mais universais são aquelas mais regionais de um microuniverso
de algum lugar, porque são os que passam verdade, que passam alma e coração.
Exibi o Cine Holliúdy em um festival em Bangkok, na Tailândia, e as pessoas
receberam com o mesmo carinho que receberam aqui, porque aqueles sentimentos de
superação, de determinação são comuns a eles; os tailandeses se viram naquele
filme também.”
“Não se trata de caricatura: nós somos assim, o Nordeste é
uma grande nação e uma nação que tem sua cultura própria e muito particular em
cada lugar, até mesmo com sotaques muito particulares. Mas no fundo somos todos
um povo muito parecido. E a identidade muito forte que as pessoas estão tendo
com o filme é exatamente delas se verem com autenticidade e não da forma que
muitas vezes tentam nos retratar, caricata, que nem soa cearense pra mim, nem
soa piauiense pra você, nem soa pernambucano para o Pernambuco. Uma coisa que
não é de canto nenhum”, observa o diretor Halder Gomes.
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